Para falar de economia colaborativa vamos começar falando de poder. No livro “O Fim do Poder” Moisés Naim declara que a degradação do poder está mudando o mundo e confirma esta afirmação ao longo das mais de 300 páginas do livro.
Por que ele afirma isso? Pois os grandes atores tradicionais (governos, exércitos, empresas, sindicato etc) estão cada vez mais sendo confrontados com novos e surpreendentes rivais, alguns muito menores em tamanho e recursos. Como Naim explica, o poder no século XXI está mais fácil de obter, mais difícil de utilizar e mais fácil de perder.
Este movimento acontece desde o início da Sociedade da Informação (Ler: A informação é o motor do desenvolvimento) em que o acúmulo de conhecimento passa a ter mais relevância que o acúmulo de força bruta.
Naim ainda lembra que essa degradação do poder não é somente em função da revolução tecnológica que vem ocorrendo nas últimas décadas. Sem dúvida alguma a massificação do acesso à internet, as redes sociais de alcance global e o surgimentos de novas tecnologias de geo-localização e colaboração transformaram a política, o ativismo social, os negócios e por consequência o poder.
Mas, o que causou esta mudança? Foram as pessoas. Com seus novos conhecimentos, com novos posicionamento perante a esses grandes atores, a capacidade analítica e crítica da realidade e a possibilidade de adquirir, compartilhar e trocar informações ao percorrer diversos locais mundiais, seja física ou virtualmente. E neste ponto voltamos a dar seu devido valor as transformações mundiais causadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) correspondem a todos os recursos tecnológicos integrados que possibilitam e facilitam a comunicação e colaboração entre pessoas, sejam em processos de negócios, de pesquisa, de ensino e aprendizagem.
E a economia colaborativa vai se formando com o estabelecimento das TICs que trás a tona o conceito de Inteligência Coletiva. Para o filósofo Pierre Lévy, a inteligência coletiva representa a unificação das inteligências individuais compartilhadas entre os participantes. É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, e resulta em uma mobilização efetiva das competências. Desta maneira, Levy apresenta a ideia de que todos nós temos uma identidade do saber, em que nossas experiências pessoais podem ter relevância no compartilhamento de informações, independentemente de escolaridade ou classe social.
Então, os novos recursos tecnológicos (TICs) e a participação das pessoas nos projetos (Inteligência Coletiva) projetam uma nova forma de fazer negócios: A Economia Colaborativa.
Para Tapscott e Williams autores do livro “Wikinomics – como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio” a produção de conhecimento, bens e serviços está se tornando uma atividade colaborativa da qual um número cada vez maior de pessoas pode participar. Essa condição coloca em cheque interesses comerciais arraigados que se mantém sob a proteção de barreiras.
Os autores de Wikinomics afirmam que um novo tipo de empresa está surgindo – uma empresa que abre suas portas para o mundo, inova em conjunto com todos (sobretudo os clientes), compartilha recursos, utiliza o poder da colaboração em massa e se comporta não como uma multinacional, mas como algo novo: um firma verdadeiramente global.
E para se manter globalmente é preciso antes de mais nada agir localmente e monitorar as mudanças nos negócios em alcance mundial, utilizar um parque de talentos globais e com estas atitudes terá o acesso a novos mercados, ideias e tecnologias.
Este modelo de negócio está em forte crescimento em todo o mundo, movimentando o dinheiro, a sociedade e a vida quotidiana dos cidadãos. Estes tentam entender essa nova realidade, quando em determinadas situações se vem sendo questionados em apoiar ou não tais empreendimentos.
Para citar alguns casos, os polêmicos Airbnb e Uber, demonstram que ainda temos que buscar uma solução para sua efetivação, pois sofrem protestos em várias partes do mundo e ao mesmo tempo são utilizados por milhares de pessoas que enxergam neles a possibilidade locomoção e hospedagem barata, porém também possibilitam uma nova maneira de se posicionar no mundo.
No Brasil podemos citar os casos do GetNinjas, LogoVia, EasyTaxi, 99Taxis, Fleety, Waze, Estante Virtual, Armário Compartilhado e muitos outros.
A Economia Colaborativa tem uma grande desafio pela frente: a regulamentação. Neste momento não conta com normas claras que gere segurança e confiança para os envolvidos.
Será que estão falando bem de você?
O monitoramento da marca não está vinculada somente aos meios digitais, e sim a uma estratégia ampla de acompanhamento do posicionamento e da percepção que uma marca (empresa, nome, serviço, produto) tem perante o seu público ou na mente das